Chovia...
Lisa, 27.06.06
Naquela tarde, como chovia...
Lembro-me que a chuva caía
lá fora, sem parar,
e o seu surdo rumor até parecia,
um sussurro de quem chora,
ou uma cantiga de embalar...
lá fora, sem parar,
e o seu surdo rumor até parecia,
um sussurro de quem chora,
ou uma cantiga de embalar...
Lembro-me que chegaste
inquieta, ansiosa,
e assim te aconchegaste
nos meus braços, quietinha...
enrodilhada qual gatinha...
inquieta, ansiosa,
e assim te aconchegaste
nos meus braços, quietinha...
enrodilhada qual gatinha...
E eu quase não sabia que fazer...
se, juntinho ao meu peito
se, juntinho ao meu peito
te, deixava adormecer...
se te mantinha acordada,
se te mantinha acordada,
para seres minha...
Lembro-me que chovia... chovia sem parar...
e que a chuva caía, turvando as vidraças
escurecendo o quarto com tons baços...
e que a chuva caía, turvando as vidraças
escurecendo o quarto com tons baços...
Lembro-me que te sentia
aconchegada nos meus braços... Lembro-me que chovia...
e que era bom... porque chovia,
e que estavas ali, e que eu te queria...
Sim, lembro-me que tudo era bom...
E que a chuva caía, caía,
monótona, sem parar,
senpre no mesmo tom...
aconchegada nos meus braços...
e que era bom... porque chovia,
e que estavas ali, e que eu te queria...
Sim, lembro-me que tudo era bom...
E que a chuva caía, caía,
monótona, sem parar,
senpre no mesmo tom...
Naquela tarde, amor, como chovia...
Agora, longe de ti, já não sou eu,
só esta melancolia...
não posso ouvir a chuva cair...
faz-me lembrar aquele dia...
só esta melancolia...
não posso ouvir a chuva cair...
faz-me lembrar aquele dia...
Aquele dia...
enquanto chovia...
enquanto chovia...
. . / . .
(volta depressa ...) Autor: Manuel