Fragilidades…
Foto: EMMEP - Cabeção, Novembro de 2006 - " O Restolho"
Sento-me no meu mochinho, observando a lembrança do meu Alentejo
Aquecendo-me nas cores que me serenam o olhar
Reconhecendo-me nas imagens que memorizei
Até o cheiro do lume de chão me alimenta,
a vontade de abraço que não encontro…
Teremos sempre vontade de regressar a casa,
quando nos sentimos sós?
Mais alguma vez, sentiremos o conforto daquele colo em que quase nos deitávamos, enquanto uma mão meiga nos enrolava os caracolinhos?
E a voz… a voz de quem sabe que no dia seguinte tudo iria seguir o seu rumo, se encaixando… se completando…
Há bocadinhos de vida, que nos paralisam, nos fazem questionar se tudo tem sentido, se a forma como construímos o nosso caminho é a mais fácil… a mais correcta, ou a que realmente queremos…
Um dia… saberemos responder com clareza?
Um dia! quem sabe…
Os sorrisos por vezes, também são tristes, para depois serem alegres… senão como saberíamos dar-lhes valor?